quarta-feira, 12 de outubro de 2011
nossa senhora
Cubra-me com seu manto de amor
Guarda-me na paz desse olhar
Cura-me as feridas e a dor me faz suportar
Que as pedras do meu caminho
Meus pés suportem pisar
Mesmo ferido de espinhos me ajude a passar
Se ficaram mágoas em mim
Mãe tira do meu coração
E aqueles que eu fiz sofrer, peço perdão
Se eu curvar meu corpo na dor
Me alivia o peso da cruz
Interceda por mim minha Mãe, junto a Jesus
Nossa Senhora me dê a mão
Cuida do meu coração
Da minha vida, do meu destino
Nossa Senhora me dê a mão
Cuida do meu coração
Da minha vida, do meu destino
Do meu caminho
Cuida de mim
Sempre que o meu pranto rolar
Ponha sobre mim suas mãos
Aumenta minha fé e acalma o meu coração
Grande é a procissão a pedir
A misericórdia, o perdão
A cura do corpo e pra alma, a salvação
Pobres pecadores oh Mãe
Tão necessitados de Vós
Santa Mãe de Deus, tem piedade de nós
De joelhos aos Vossos pés
Estendei a nós Vossas mãos
Rogai por todos, nós Vossos filhos, meus irmãos
Nossa Senhora me dê a mão
Cuida do meu coração
Da minha vida, do meu destino
Do meu caminho
Cuida de mim...
terça-feira, 11 de outubro de 2011
ORIGEM DA EXPRESSÃO MINEIRA “UAI“
O jeito típico do falar do povo mineiro já foi alvo de comentários jocosos. Não é difícil encontrar a imagem do mineiro matuto, que masca capim, enquanto faz construções gramaticais erradas e corta as palavras ao meio. Identificar estereótipos formados pelo senso comum e apontar características genuínas do modo de falar dos mineiros é “A construção de um dialeto: o ´mineirês´ belo-horizontino.
Nó! Mas que trem bom, uai!
A interjeição uaí, uma das mais associadas ao modo de falar dos mineiros.
Os bons dicionários e gramáticas do ramo costumam dizer da expressão uai, com pequenas variações, mais ou menos o seguinte: trata-se de uma interjeição usada para exprimir surpresa, espanto, susto, impaciência, terror ou admiração, ou ainda para reforçar o que se disse antes; que é usada no Brasil, sobretudo em Minas Gerais, e também em Portugal, na ilha dos Açores, onde equivale a duas outras interjeições: «Ah!» e «Oh!»
Uma interjeição, «é uma espécie de grito com que traduzimos de modo vivo as nossas emoções». Muitas vezes, são formadas por onomatopé(e)ias (o nome dado àquelas tentativas de fazer com que a palavra imite um som).
Acredita-se que a origem do «uai» estaria na fusão das interjeições opa! (ou upa!)+ôi+ai, que aparecem assim juntinhas, por exemplo, na página 353 de Sagarana, o grande (em todos os sentidos) romance do escritor mineiro João Guimarães Rosa.
A essa hipótese podemos juntar outra. A que, um professor mineiro, defendeu no V Congresso de Ciências Humanas, Letras e Artes, realizado na Universidade Federal de Ouro Preto, em Agosto de 2001.
Segundo ele, tudo começou quando um vilarejo chamado Gongo Soco, onde se explorava ouro, foi comprado pela “Imperial Brazilian Mining Association”, o que resultou na instalação da primeira empresa britânica em Minas Gerais. Durante as quase três décadas, de 1824 a 1856, em que os ingleses ali estiveram Gongo Seco, afirma o professor, foi transformado numa autêntica vila inglesa. E passo a citá-lo:
«Pode ser atribuída ao convívio com esses e outros ingleses que residiram na província a utilização por parte dos mineiros da interjeição “Uai!” (que exprime surpresa e/ou espanto), a qual possui semelhanças fonéticas e semânticas com o vocábulo “Why” utilizado na língua inglesa com o mesmo sentido do nosso “por quê?”, ou como interjeição, assumindo, neste caso, o mesmo sentido do Uai mineiro. Notemos que o Uai mineiro e o “Why” britânico possuem a mesma representação fonética; e notemos ainda que o Uai é a expressão da língua portuguesa falada no Brasil que mais se relaciona com a identidade mineira.»
Os ingleses foram embora, mas o Uai nacionalizou-se. Ou melhor, mineirizou-se. Segundo o prescrito nas noções de Minerês para “estrangeiros”, «Uai é indispensável, significa nada e tudo ao mesmo tempo. Tudo “depende do contexto e da entonação.»
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