quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Noite feliz ( por luiz vilela )
Entre, Pai. Entre, Mãe. Entre, Joaquim. Vô Zeca. Vó Mariquinha. Tio Nunes. Rosa. Que bom, que bom que vocês vieram - eu estou tão feliz. Vai ser uma noite linda. Vai ser a noite mais bela de todas. Vamos, sentem, ocupem seus lugares.
E o Pretinho? Por que o Pretinho não veio? Você também devia ter vindo, Pretinho. Aí eu te pegava e te punha no colo - você era tão macio, tão quentinho. Miau... miau... Que saudades, Pretinho...
Sentem, sentem. A senhora está tão bonita com esse vestido, Mãe. Vô, o senhor não larga seu cigarrão de palha, hem? E o senhor, Tio Nunes, cuidado, não vai contar aquelas piadas bobagentas. Vó Mariquinha, sabe que a senhora fica muito elegante com esse coque? E a Rosa? Sempre com esse sorriso... Joaquim, quantos anos, hem? Quantos anos... Muita água passou debaixo da ponte...
E o senhor, Pai? O senhor está tão sério; tão calado. Por que o senhor me olha assim? Por que o senhor não fala nada comigo? Fale, Pai; fale alguma coisa. Não fique me olhando assim. Vocês todos, parem de me olhar desse jeito. Por favor. Meu Deus, meu Deus... Tem dó de mim... Eu não queria isso, juro que eu não queria...
Não! Não e não! Onde está sua fibra, menina? Minha fibra? Minha fibra está aqui - ora, bolas. Pensaram que eu fosse fraquejar? Pois estão muito enganados. Quem vos fala é a Aristotelina - a Lina. Há meses que eu venho planejando essa noite; pensam que eu vou desistir agora? Nunca.
Será uma noite única. Será uma noite sem igual. Nem todas as luzes de todas as casas juntas da cidade brilharão mais do que esta casa nesta noite de Natal. Nem todas as luzes de todas as ruas... Ai, Lina, você é impagável; parece que você nunca saiu do palco. Não saí mesmo: você sabe, uma vez atriz...
Joaquim, lembra daquele Natal em que eu te pedi uma porção de lâmpadas - eu ia iluminar toda a casa, ia fazer um colar de lâmpadas - e aí você me trouxe... Ah, meu Deus... Você me trouxe meia dúzia, Joaquim, meia dúzia de lâmpadas! Então eu falei: o que eu vou fazer com meia dúzia de lâmpadas? O que eu vou fazer? Aí você... Você falou... Eu não lembro... O que você falou?... Eu não lembro... Minha memória... Minha cabeça...
Noite feliz, noite feliz, o Senhor, Deus de amor, pobrezinho, nasceu em Belém. Não foi fácil: cada garrafa, um posto. Naquele maior, o sujeito: para quê? Eu: não é da sua conta. Ele: se eu não souber, eu não posso vender. Eu, então: é para tirar a cera do assoalho, assoalho de tábuas, casa antiga. Antipático. Depois, no último posto, o rapazinho: e aí, vó, vai virar motorista agora? Vou, eu vou fazer uma viagem pro céu. Então me leva com você, que a coisa aqui na terra tá braba. Mas ele foi gentil, ele foi atencioso.
Os sinos, eles estão batendo. Missa da meia-noite. Onze e quarenta e cinco. Quinze minutos. Nunca houve ninguém tão só. Nunca alguém, nesse mundo, se sentiu tão só. Nem se eu estivesse - só eu, só eu de gente - nem se eu estivesse lá num deserto de Marte ou lá numa cratera da Lua. Se o telefone tocasse. Se o telefone tocasse, talvez...
Chega. É hora. A meia-noite se aproxima. Vamos. Noite feliz, noite feliz, o Senhor... Uma garrafa aqui; assim. Outra aqui... Agora essa... Mais essa... E essa... Pronto. Que cheiro forte... Podia ser o cheiro de jasmim que antigamente, nas noites de verão, entrava pela janela aberta e inundava esta sala onde todos nos reuníamos e conversávamos e éramos felizes...
Meia-noite. Pego esta caixa; tiro um fósforo; risco e... Eis! O fogo!
E o Pretinho? Por que o Pretinho não veio? Você também devia ter vindo, Pretinho. Aí eu te pegava e te punha no colo - você era tão macio, tão quentinho. Miau... miau... Que saudades, Pretinho...
Sentem, sentem. A senhora está tão bonita com esse vestido, Mãe. Vô, o senhor não larga seu cigarrão de palha, hem? E o senhor, Tio Nunes, cuidado, não vai contar aquelas piadas bobagentas. Vó Mariquinha, sabe que a senhora fica muito elegante com esse coque? E a Rosa? Sempre com esse sorriso... Joaquim, quantos anos, hem? Quantos anos... Muita água passou debaixo da ponte...
E o senhor, Pai? O senhor está tão sério; tão calado. Por que o senhor me olha assim? Por que o senhor não fala nada comigo? Fale, Pai; fale alguma coisa. Não fique me olhando assim. Vocês todos, parem de me olhar desse jeito. Por favor. Meu Deus, meu Deus... Tem dó de mim... Eu não queria isso, juro que eu não queria...
Não! Não e não! Onde está sua fibra, menina? Minha fibra? Minha fibra está aqui - ora, bolas. Pensaram que eu fosse fraquejar? Pois estão muito enganados. Quem vos fala é a Aristotelina - a Lina. Há meses que eu venho planejando essa noite; pensam que eu vou desistir agora? Nunca.
Será uma noite única. Será uma noite sem igual. Nem todas as luzes de todas as casas juntas da cidade brilharão mais do que esta casa nesta noite de Natal. Nem todas as luzes de todas as ruas... Ai, Lina, você é impagável; parece que você nunca saiu do palco. Não saí mesmo: você sabe, uma vez atriz...
Joaquim, lembra daquele Natal em que eu te pedi uma porção de lâmpadas - eu ia iluminar toda a casa, ia fazer um colar de lâmpadas - e aí você me trouxe... Ah, meu Deus... Você me trouxe meia dúzia, Joaquim, meia dúzia de lâmpadas! Então eu falei: o que eu vou fazer com meia dúzia de lâmpadas? O que eu vou fazer? Aí você... Você falou... Eu não lembro... O que você falou?... Eu não lembro... Minha memória... Minha cabeça...
Noite feliz, noite feliz, o Senhor, Deus de amor, pobrezinho, nasceu em Belém. Não foi fácil: cada garrafa, um posto. Naquele maior, o sujeito: para quê? Eu: não é da sua conta. Ele: se eu não souber, eu não posso vender. Eu, então: é para tirar a cera do assoalho, assoalho de tábuas, casa antiga. Antipático. Depois, no último posto, o rapazinho: e aí, vó, vai virar motorista agora? Vou, eu vou fazer uma viagem pro céu. Então me leva com você, que a coisa aqui na terra tá braba. Mas ele foi gentil, ele foi atencioso.
Os sinos, eles estão batendo. Missa da meia-noite. Onze e quarenta e cinco. Quinze minutos. Nunca houve ninguém tão só. Nunca alguém, nesse mundo, se sentiu tão só. Nem se eu estivesse - só eu, só eu de gente - nem se eu estivesse lá num deserto de Marte ou lá numa cratera da Lua. Se o telefone tocasse. Se o telefone tocasse, talvez...
Chega. É hora. A meia-noite se aproxima. Vamos. Noite feliz, noite feliz, o Senhor... Uma garrafa aqui; assim. Outra aqui... Agora essa... Mais essa... E essa... Pronto. Que cheiro forte... Podia ser o cheiro de jasmim que antigamente, nas noites de verão, entrava pela janela aberta e inundava esta sala onde todos nos reuníamos e conversávamos e éramos felizes...
Meia-noite. Pego esta caixa; tiro um fósforo; risco e... Eis! O fogo!
O pai, o filho, o outro
Ele não gostou da casa. (Você também não gostaria, acredite.)
Era úmida, escura, inóspita. Não existia forro. As paredes exalavam um hálito defumado, as cortinas estavam encardidas, os móveis caíam aos pedaços. Não havia nada enfeitando as paredes, nem mesmo um calendário. (Você já esteve numa casa doente? Aquela era uma.)
O rapaz sentou-se num sofá desbotado, que cedeu de modo preocupante sob seu peso, e olhou para a velha empregada. Ela disse:
Seu Valdemar já vem.
E afastou a cortina de tirinhas para voltar à cozinha. Sem nada para distrair os olhos nas paredes, ele fixou a atenção no pedaço de bombril preso à antena da televisão portátil. No canto oposto, um minipinheiro de folhas amareladas, enfeitado por meia dúzia de bolas coloridas, fazia as vezes de árvore de Natal. Ele esperou, represando a vontade de sair dali. (Você nunca se arrependeu de algo que ainda está por acontecer?)
Por uma fresta das cortinas, ele pôde ver um pedaço ainda azulado do céu. Escurecia devagar naquela época do ano. Chegaram da cozinha o ruído de panelas e o cheiro de alho fritando. Ele ouviu a voz da empregada, mas não entendeu o que ela dizia. Então se levantou e colocou o rosto entre as tirinhas de plástico.
Falei que você pode ligar a televisão, se quiser, a mulher disse. Só que a imagem não é grande coisa.
A cozinha era maior do que ele imaginava. Abrigava um fogão, armários, uma enorme pia de mármore e uma mesa de fórmica, coberta por uma toalha vermelha. Pratos e talheres para três pessoas. De um dos cantos do teto, afluentes de uma mancha de infiltração avançavam em direção à lâmpada. A empregada se movia de um jeito nervoso entre o fogão e a mesa. Coxeava de uma perna, ele reparou.
Quando se voltou, deu de cara com o homem parado às suas costas.
Tinha se barbeado e penteado os cabelos com capricho, usava uma camisa nova de mangas compridas, calça vincada e sapatos. Recendia a sabonete de pinho.
Ele notou que, vestido daquele maneira, o homem assumia um ar solene - estava habituado a vê-lo de macacão e botinas. Parecia até mais magro vestido com aquelas roupas. E pouco à vontade.
Você quer um aperitivo, Cléber?, o homem perguntou.
E, sem esperar pela resposta, pegou uma garrafa de cachaça e dois copos no armário da cozinha.
Beberam sem brindar. O homem estalou a língua, satisfeito. Ele sentiu o ardor da bebida na garganta. Lacrimejou, tossiu. E percebeu que a empregada olhava com curiosidade para seu rosto.
Essa é da boa, o homem disse.
E serviu-se outra vez. A empregada abriu o forno e espiou o assado. O cheiro espalhou-se pela cozinha, foi capturado pelas narinas do rapaz e classificado como bom.
Podem ir sentando, a mulher disse. Tá tudo pronto.
O homem puxou a cadeira para o rapaz e, depois, sentou-se de frente para ele. Entre os dois, a empregada colocou as travessas com a comida. Por último, protegendo as mãos com um guardanapo, retirou o assado do forno. Lombo com batatas.
O homem esperou que a mulher ocupasse seu lugar à mesa e então olhou para o rosto do rapaz.
Não faça luxo. A comida é simples, mas você vai ver como a Conceição cozinha bem.
O rapaz serviu-se e derrubou arroz na toalha. Manteve a cabeça baixa, evitou olhar para o homem ou para a mulher. Sabia que ambos o observavam. Estava enganado, porém: enquanto o homem abria uma garrafa de vinho, prendendo-a entre as coxas para retirar a rolha, a empregada fatiava o lombo.
Quando terminaram de comer, a empregada levantou-se para passar um café e o homem e o rapaz foram para a sala.
Gostou da comida?
Gostei, o rapaz respondeu.
O homem sorriu, satisfeito. Então entrou no quarto e reapareceu com uma caixa embrulhada em papel de presente.
Comprei pra você, disse. Feliz Natal.
O rapaz segurou a caixa e a vontade de sair correndo dali. Estava pensando que nunca deveria ter aceitado aquele convite.
Eu não trouxe nada.
Não tem problema, o importante é que você está aqui, o homem disse. Abra o seu presente.
O rapaz abriu o pacote. Uma camisa. A empregada entrou na sala com o café. E, depois de colocar a bandeja sobre a mesa de centro, ficou parada, olhando para a camisa nas mãos do rapaz. O homem falou:
Foi ela que escolheu.
Obrigado, o rapaz disse.
A mulher sorriu de um jeito tímido. E retornou à cozinha arrastando uma das pernas. O homem e o rapaz afundaram lado a lado no sofá.
E então, você pensou no que eu falei?
Antes de responder, o rapaz curvou o corpo para frente com dificuldade e colocou a xícara sobre a mesa de centro. Ganhou tempo. E falou sem olhar para o rosto do homem.
Pensei, seu Valdemar. Não posso aceitar.
O homem suspirou.
Não pode por quê?
Não posso, só isso.
O homem se mexeu no sofá. Seu corpo tocou no do rapaz.
Você é orgulhoso que nem a sua mãe.
O rapaz o encarou.
Não é orgulho. É que eu tô pensando em ir embora.
Embora pra onde?
Ainda não sei, o rapaz disse. Vou pra uma cidade maior.
Você não precisa fazer isso. Pode ficar por aqui e ganhar a vida com a borracharia.
Eu vou embora.
O homem também colocou a xícara sobre a mesa. Balançou a cabeça.
Tem uma coisa que você não sabe.
Pronto, o rapaz pensou, lá vêm as histórias. Estava acostumado: desde menino escutava as conversas na cidade (diziam que ele era filho do borracheiro; mas ele sabia que não era). Só que o homem falou de outro assunto.
Eu tô doente, Cléber. Tenho pouco tempo de vida.
O rapaz baixou a cabeça, não soube o que dizer. O homem tocou em seu braço. Disse:
Eu já estive no cartório e passei tudo para o seu nome. Esta casa, a borracharia. É tudo seu.
O rapaz levantou-se do sofá.
Eu não posso aceitar uma coisa dessas, seu Valdemar.
Claro que pode. Eu sempre ajudei a sua mãe. E agora quero te ajudar.
O rapaz ficou em silêncio por um tempo. Pensava na mãe, que tinha morrido meses antes. Uma vez, chegara a conversar com ela sobre os boatos que ouvia.
E por que o senhor quer me ajudar?
Porque sim. Eu não tenho ninguém pra quem deixar as minhas coisas. Deixo pra você, que também não tem ninguém.
A mãe dissera que aquilo não passava de fofoca. Seu pai, ele sabia, era um engenheiro com quem sua mãe se envolvera na época em que a mineradora se instalou na cidade. Um estrangeiro. Quando mais novo, o rapaz gostava de imaginar o pai como um aventureiro. Um aventureiro que fora embora da cidade e que nunca voltara para visitá-lo.
Não posso aceitar.
Não depende de você, Cléber. Tá tudo no seu nome lá no cartório.
Nesse momento, a empregada surgiu entre as tirinhas da cortina.
Eu já vou me deitar. Se vocês precisarem de alguma coisa, é só chamar.
Obrigado, Conceição, o homem disse.
E então se levantou do sofá e ficou ao lado do rapaz. Pôs a mão em seu ombro.
Você não precisa vir morar aqui. E, depois que eu morrer, você pode fazer o que quiser com esta casa e com a borracharia.
Eu não vou aceitar.
O homem pareceu não ouvi-lo.
Só tem uma coisa: eu não quero que você deixe a Conceição na mão.
Às vezes, no dia de seu aniversário ou em ocasiões como aquela, o rapaz recebia presentes que, ele sabia, não haviam sido comprados pela mãe. Ele gostava de imaginar que o pai os enviara. O aventureiro estrangeiro.
O senhor conheceu meu pai?
O homem pensou antes de responder.
A sua mãe não falava dele pra você?
A mãe não gostava de falar do assunto, o rapaz lembrou. Parecia incomodá-la. Uma dor. E ele respeitava, evitava perguntas. Contentava-se com os fiapos que conhecia.
Eu já vou embora, seu Valdemar. Obrigado pelo jantar. E pela camisa.
O homem colocou outra vez a mão em seu ombro.
Posso te dar um abraço?
O rapaz pôs a caixa sobre o sofá e então ele e o homem se abraçaram. Ficaram assim por um tempo.
Quero que você me prometa que pelo menos vai pensar no assunto, Cléber.
O rapaz não disse nada. Limitou-se a recolher a caixa e a caminhar em direção à porta. O homem disse:
Eu não tenho muito tempo pela frente.
Quando chegou à rua, o rapaz sentiu alívio. Estava transpirando - devia ser o vinho, não tinha o costume de beber. Antes de se afastar, olhou uma última vez para a casa. Sua casa. Esse pensamento encheu-o com uma sensação que ele não soube definir.
Era cedo ainda e ele não pretendia voltar para o quarto-e-sala que ocupava nos fundos de uma casa. Onde sempre vivera com a mãe. Pensou em ir até um dos bares do centro, talvez encontrasse algum dos amigos. Não, ele sabia que os amigos estavam com suas famílias naquela hora.
Em frente a um sobrado, dois garotos brincavam com uma bola, que, num chute descuidado, veio rolando em sua direção. Uma bola nova em folha, que os garotos tinham acabado de ganhar. Ele agachou-se, recolheu a bola e a devolveu ao garoto. Depois, encostou-se num poste e permaneceu por algum tempo assistindo às brincadeiras dos garotos.
Pensou na mãe e lembrou-se de que ela sempre ficava triste em dias como aquele. Nunca soube por quê.
Então, de repente, ele se virou e retornou pela rua, em direção à casa do borracheiro. A sua casa. Ainda não sabia muito bem o que diria quando o homem abrisse a porta. Talvez dissesse apenas que voltara porque tinha se esquecido de lhe desejar feliz Natal.
Era úmida, escura, inóspita. Não existia forro. As paredes exalavam um hálito defumado, as cortinas estavam encardidas, os móveis caíam aos pedaços. Não havia nada enfeitando as paredes, nem mesmo um calendário. (Você já esteve numa casa doente? Aquela era uma.)
O rapaz sentou-se num sofá desbotado, que cedeu de modo preocupante sob seu peso, e olhou para a velha empregada. Ela disse:
Seu Valdemar já vem.
E afastou a cortina de tirinhas para voltar à cozinha. Sem nada para distrair os olhos nas paredes, ele fixou a atenção no pedaço de bombril preso à antena da televisão portátil. No canto oposto, um minipinheiro de folhas amareladas, enfeitado por meia dúzia de bolas coloridas, fazia as vezes de árvore de Natal. Ele esperou, represando a vontade de sair dali. (Você nunca se arrependeu de algo que ainda está por acontecer?)
Por uma fresta das cortinas, ele pôde ver um pedaço ainda azulado do céu. Escurecia devagar naquela época do ano. Chegaram da cozinha o ruído de panelas e o cheiro de alho fritando. Ele ouviu a voz da empregada, mas não entendeu o que ela dizia. Então se levantou e colocou o rosto entre as tirinhas de plástico.
Falei que você pode ligar a televisão, se quiser, a mulher disse. Só que a imagem não é grande coisa.
A cozinha era maior do que ele imaginava. Abrigava um fogão, armários, uma enorme pia de mármore e uma mesa de fórmica, coberta por uma toalha vermelha. Pratos e talheres para três pessoas. De um dos cantos do teto, afluentes de uma mancha de infiltração avançavam em direção à lâmpada. A empregada se movia de um jeito nervoso entre o fogão e a mesa. Coxeava de uma perna, ele reparou.
Quando se voltou, deu de cara com o homem parado às suas costas.
Tinha se barbeado e penteado os cabelos com capricho, usava uma camisa nova de mangas compridas, calça vincada e sapatos. Recendia a sabonete de pinho.
Ele notou que, vestido daquele maneira, o homem assumia um ar solene - estava habituado a vê-lo de macacão e botinas. Parecia até mais magro vestido com aquelas roupas. E pouco à vontade.
Você quer um aperitivo, Cléber?, o homem perguntou.
E, sem esperar pela resposta, pegou uma garrafa de cachaça e dois copos no armário da cozinha.
Beberam sem brindar. O homem estalou a língua, satisfeito. Ele sentiu o ardor da bebida na garganta. Lacrimejou, tossiu. E percebeu que a empregada olhava com curiosidade para seu rosto.
Essa é da boa, o homem disse.
E serviu-se outra vez. A empregada abriu o forno e espiou o assado. O cheiro espalhou-se pela cozinha, foi capturado pelas narinas do rapaz e classificado como bom.
Podem ir sentando, a mulher disse. Tá tudo pronto.
O homem puxou a cadeira para o rapaz e, depois, sentou-se de frente para ele. Entre os dois, a empregada colocou as travessas com a comida. Por último, protegendo as mãos com um guardanapo, retirou o assado do forno. Lombo com batatas.
O homem esperou que a mulher ocupasse seu lugar à mesa e então olhou para o rosto do rapaz.
Não faça luxo. A comida é simples, mas você vai ver como a Conceição cozinha bem.
O rapaz serviu-se e derrubou arroz na toalha. Manteve a cabeça baixa, evitou olhar para o homem ou para a mulher. Sabia que ambos o observavam. Estava enganado, porém: enquanto o homem abria uma garrafa de vinho, prendendo-a entre as coxas para retirar a rolha, a empregada fatiava o lombo.
Quando terminaram de comer, a empregada levantou-se para passar um café e o homem e o rapaz foram para a sala.
Gostou da comida?
Gostei, o rapaz respondeu.
O homem sorriu, satisfeito. Então entrou no quarto e reapareceu com uma caixa embrulhada em papel de presente.
Comprei pra você, disse. Feliz Natal.
O rapaz segurou a caixa e a vontade de sair correndo dali. Estava pensando que nunca deveria ter aceitado aquele convite.
Eu não trouxe nada.
Não tem problema, o importante é que você está aqui, o homem disse. Abra o seu presente.
O rapaz abriu o pacote. Uma camisa. A empregada entrou na sala com o café. E, depois de colocar a bandeja sobre a mesa de centro, ficou parada, olhando para a camisa nas mãos do rapaz. O homem falou:
Foi ela que escolheu.
Obrigado, o rapaz disse.
A mulher sorriu de um jeito tímido. E retornou à cozinha arrastando uma das pernas. O homem e o rapaz afundaram lado a lado no sofá.
E então, você pensou no que eu falei?
Antes de responder, o rapaz curvou o corpo para frente com dificuldade e colocou a xícara sobre a mesa de centro. Ganhou tempo. E falou sem olhar para o rosto do homem.
Pensei, seu Valdemar. Não posso aceitar.
O homem suspirou.
Não pode por quê?
Não posso, só isso.
O homem se mexeu no sofá. Seu corpo tocou no do rapaz.
Você é orgulhoso que nem a sua mãe.
O rapaz o encarou.
Não é orgulho. É que eu tô pensando em ir embora.
Embora pra onde?
Ainda não sei, o rapaz disse. Vou pra uma cidade maior.
Você não precisa fazer isso. Pode ficar por aqui e ganhar a vida com a borracharia.
Eu vou embora.
O homem também colocou a xícara sobre a mesa. Balançou a cabeça.
Tem uma coisa que você não sabe.
Pronto, o rapaz pensou, lá vêm as histórias. Estava acostumado: desde menino escutava as conversas na cidade (diziam que ele era filho do borracheiro; mas ele sabia que não era). Só que o homem falou de outro assunto.
Eu tô doente, Cléber. Tenho pouco tempo de vida.
O rapaz baixou a cabeça, não soube o que dizer. O homem tocou em seu braço. Disse:
Eu já estive no cartório e passei tudo para o seu nome. Esta casa, a borracharia. É tudo seu.
O rapaz levantou-se do sofá.
Eu não posso aceitar uma coisa dessas, seu Valdemar.
Claro que pode. Eu sempre ajudei a sua mãe. E agora quero te ajudar.
O rapaz ficou em silêncio por um tempo. Pensava na mãe, que tinha morrido meses antes. Uma vez, chegara a conversar com ela sobre os boatos que ouvia.
E por que o senhor quer me ajudar?
Porque sim. Eu não tenho ninguém pra quem deixar as minhas coisas. Deixo pra você, que também não tem ninguém.
A mãe dissera que aquilo não passava de fofoca. Seu pai, ele sabia, era um engenheiro com quem sua mãe se envolvera na época em que a mineradora se instalou na cidade. Um estrangeiro. Quando mais novo, o rapaz gostava de imaginar o pai como um aventureiro. Um aventureiro que fora embora da cidade e que nunca voltara para visitá-lo.
Não posso aceitar.
Não depende de você, Cléber. Tá tudo no seu nome lá no cartório.
Nesse momento, a empregada surgiu entre as tirinhas da cortina.
Eu já vou me deitar. Se vocês precisarem de alguma coisa, é só chamar.
Obrigado, Conceição, o homem disse.
E então se levantou do sofá e ficou ao lado do rapaz. Pôs a mão em seu ombro.
Você não precisa vir morar aqui. E, depois que eu morrer, você pode fazer o que quiser com esta casa e com a borracharia.
Eu não vou aceitar.
O homem pareceu não ouvi-lo.
Só tem uma coisa: eu não quero que você deixe a Conceição na mão.
Às vezes, no dia de seu aniversário ou em ocasiões como aquela, o rapaz recebia presentes que, ele sabia, não haviam sido comprados pela mãe. Ele gostava de imaginar que o pai os enviara. O aventureiro estrangeiro.
O senhor conheceu meu pai?
O homem pensou antes de responder.
A sua mãe não falava dele pra você?
A mãe não gostava de falar do assunto, o rapaz lembrou. Parecia incomodá-la. Uma dor. E ele respeitava, evitava perguntas. Contentava-se com os fiapos que conhecia.
Eu já vou embora, seu Valdemar. Obrigado pelo jantar. E pela camisa.
O homem colocou outra vez a mão em seu ombro.
Posso te dar um abraço?
O rapaz pôs a caixa sobre o sofá e então ele e o homem se abraçaram. Ficaram assim por um tempo.
Quero que você me prometa que pelo menos vai pensar no assunto, Cléber.
O rapaz não disse nada. Limitou-se a recolher a caixa e a caminhar em direção à porta. O homem disse:
Eu não tenho muito tempo pela frente.
Quando chegou à rua, o rapaz sentiu alívio. Estava transpirando - devia ser o vinho, não tinha o costume de beber. Antes de se afastar, olhou uma última vez para a casa. Sua casa. Esse pensamento encheu-o com uma sensação que ele não soube definir.
Era cedo ainda e ele não pretendia voltar para o quarto-e-sala que ocupava nos fundos de uma casa. Onde sempre vivera com a mãe. Pensou em ir até um dos bares do centro, talvez encontrasse algum dos amigos. Não, ele sabia que os amigos estavam com suas famílias naquela hora.
Em frente a um sobrado, dois garotos brincavam com uma bola, que, num chute descuidado, veio rolando em sua direção. Uma bola nova em folha, que os garotos tinham acabado de ganhar. Ele agachou-se, recolheu a bola e a devolveu ao garoto. Depois, encostou-se num poste e permaneceu por algum tempo assistindo às brincadeiras dos garotos.
Pensou na mãe e lembrou-se de que ela sempre ficava triste em dias como aquele. Nunca soube por quê.
Então, de repente, ele se virou e retornou pela rua, em direção à casa do borracheiro. A sua casa. Ainda não sabia muito bem o que diria quando o homem abrisse a porta. Talvez dissesse apenas que voltara porque tinha se esquecido de lhe desejar feliz Natal.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
BACALHAU DE FESTA! ( Tinha umas sobras de bacalhau na geladeira e resolvi fazer esse com creme para comer com um arroz bem branquinho!!! )
-1 colher (sopa) de margarina light
- 700 g de bacalhau partido em lascas (demolhado por 48 horas na geladeira)
- 1 colher (sopa) de azeite
- 3 dentes de alho cortado em lâminas
- 2 cebolas picadas
- 1 vidro de leite de coco light
- sal e pimenta-do-reino a gosto
- 1 xícara (chá) de tomate pelado
- 1 xícara (chá) de creme de leite light
- 1 colher (sopa) de cebolinha picada
- 2 colheres (sopa) de salsinha picada
- 1 colher (sopa) de farinha de trigo
Modo de Preparo
Derreta a margarina e junte o azeite. Refogue a cebola com o alho e acrescente o tomate pelado. A seguir, adicione o leite de coco e o creme de leite light. Deixe levantar fervura e coloque as lascas de bacalhau, a cebolinha, salsinha, farinha de trigo e a pimenta-do-reino. Mexa rapidamente até engrossar. Corrija o sal. Sirva com arroz branco ou a gosto.
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Quero a tua verdade (Saudade) ... por fernando muller
De nada adiantam belas palavras soltas ao vento...
se o anonimato não tem endereço certo:
O tempo passa e nada acontece...
O temor vai se aliando à mentira,
e escondendo-se em arbustos tu passeias ainda...
e a verdade, tão simples, que sempre vence
mantém-se do teu coração distante...
e assim continuamos:
eu, em minhas tardes ensolaradas...
e você, nas frias e vazias madrugadas
se o anonimato não tem endereço certo:
O tempo passa e nada acontece...
O temor vai se aliando à mentira,
e escondendo-se em arbustos tu passeias ainda...
e a verdade, tão simples, que sempre vence
mantém-se do teu coração distante...
e assim continuamos:
eu, em minhas tardes ensolaradas...
e você, nas frias e vazias madrugadas
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
A Morte - Pedro Bial
Assisti a algumas imagens do velório do Bussunda, quando os colegas do Casseta & Planeta deram seus depoimentos,
parecia que a qualquer instante iria estourar uma piada,estava tudo sério demais, faltava a esculhambação, a zombaria, a desestruturação da cena,
mas nada acontecia ali de risível, era só dor e a perplexidade, que é mesmo o que causa em todos os que ficam.
A verdade é que não havia nada a acrescentar no roteiro:
a morte por si só, é uma piada pronta.
A morte é ridículo.
Você combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário.
Tem planos para semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório...
Colocar gasolina no carro e no meio da tarde...
MORRE.
Como assim?
E os e-mails que você ainda não abriu?
O livro que ficou pela metade?
O telefonema que você prometeu dar a tardinha para um cliente?
Não sei de onde tiraram esta idéia:
MORRER...
A troco de que?
Você passou mais de 10 anos da sua vida dentro de um colégio estudando fórmulas químicas que não serviram para nada, mas se manteve lá, fez as provas, foi em frente.
Praticou muita educação física, quase perdeu o fôlego. Mas não desistiu.
Passou madrugadas sem dormir para estudar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer da vida, cheio de duvidas quanto à profissão escolhida...
Mas era hora de decidir, então decidiu, e mais uma vez foi em frente...
De uma hora pra outro, tudo isso termina...
Numa colisão na freeway...
Numa artéria entupida...
Num disparo feito por um delinqüente que gostou do seu tênis...
Qual é?
Morrer é um chiste.
Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida.
Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e penduradas também algumas contas...
Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas...
A apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira.
Logo você que dizia: das minhas coisas cuido eu.
Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina, começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer.
Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte costelas gordas e mulheres magras e morre num sábado de manha.
Se faz check-up regulares e não tem vícios, morre do mesmo jeito...
Isso é para ser levado a sério?
Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o sono eterno pode ser bem vindo...
Já não há muito mesmo a fazer, o corpo não acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado nas gavetas.
ok, hora de descansar em paz.
Mas antes de viver tudo?
Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas.
Morrer é um exagero.
E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas.
Só que esta não tem graça.
Por isso viva tudo que há para viver.
Não se apegue as coisas pequenas e inúteis da vida...
Perdoe...
Sempre!!
sábado, 27 de novembro de 2010
Socialismo
A doutrina socialista tem origem no século XVIII, logo que consolidaram-se os efeitos da revolução industrial sobre as sociedades modernas. É uma ideologia que critica o liberalismo econômico, e vai contra as noções de que o mercado é o princípio organizador da atividade econômica, devendo portanto ser preservado a todo custo. Surge principalmente como forma de protesto contra as desigualdades provocadas pelo intenso processo de industrialização, e contra as péssimas condições de vida dos trabalhadores. Os socialistas observam, com justa razão, que são o mercado e a livre concorrência as principais fontes das desigualdades (v. igualdade ) sociais. O socialismo propõe então limitar o alcance do mercado através de mecanismos reguladores, e defende sobretudo o planejamento da produção como a forma mais eficaz de distribuir a riqueza produzida entre todos os membros da sociedade. Esta é a principal preocupação da ideologia socialista: promover uma distribuição equilibrada de bens e de serviços, tornando-os acessíveis a toda a população. Equivale a idéia de socialização da produção. Havia ainda duas correntes de pensamento socialista. A primeira, da qual Marx faz parte, argumentava que o socialismo só seria possível se todas as nações praticassem-no de forma simultânea, caso contrário o fluxo financeiro e as trocas comerciais entre elas impediriam um planejamento equilibrado de suas provisões e necessidades . Justamente por tratar o socialismo como algo inalcançável sob as condições impostas, essa corrente foi chamada de utópica (v. Utopia ). Já a outra corrente acreditava na possibilidade de implementar o socialismo em poucos países, e então depois de estabilizado expandí-lo para outros. Para isso seria preciso a intervenção do Estado na economia, pois este seria a única força capaz de controlar a atividade dos empresários capitalistas em benefício de toda a população. Alguns países tentaram efetivamente implantar o socialismo, todos eles influenciados pelo sucesso obtido pela U.R.S.S. após sua pioneira Revolução Bolchevique em 1917, entre eles a China. Com o término da 2.ª Guerra Mundial, e sob a influência da mesma União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (da qual participavam mais de uma dezena de nações, incluindo a Rússia) muitos países do leste da Europa aderiram ao socialismo e sua planificação econômica, entre eles a Polônia, a Romênia, a Tchecoslováquia e parte da Alemanha (Alemanha Oriental). Para conter os riscos de interferência externa apontados pelos socialistas utópicos, era evitado todo o tipo de contato com países não-socialistas, que caso fosse realmente essencial seria regulamentado pelo Estado. A extrema interferência do Estado em todos os setores da economia levou alguns críticos a reduzir o socialismo, em suas manifestações reais, a uma espécie de "capitalismo de Estado". Outra questão importante sobre os países socialistas diz respeito a ampliação exagerada de suas burocracias , que com seus critérios extremamente técnicos e rígidos comprometiam a agilidade das decisões e por conseguinte de toda a economia. Os problemas burocráticos são apontados por muitos especialistas como uma das principais causas do fracasso dos regimes socialistas. Uma interpretação mais recente, realizada após a decomposição da União Soviética e a reunificação da Alemanha, apresenta o socialismo real como uma forma intensa de pré-capitalismo. Na argumentação de Kurz, o socialismo foi responsável pela transformação de sociedades predominantemente agrícolas (principalmente o caso da Rússia) em sociedades industriais (v. sociedade industrial ). Ao longo de pouco mais de meio século ele promoveu nos países que o implementaram as mesmas modificações na estrutura econômica que demoraram mais de duzentos anos para se realizar no restante da Europa. Socialismo Conceitos básicos do Marxismo Definir claramente o sentido de Socialismo, hoje em dia, não constitui tarefa das mais simples. Essa dificuldade pode ser creditada à utilização ampla e diversificada deste termo, que acabou por gerar um terreno bastante propício a confusões. Constantemente encontramos afirmações de que os comunistas lutam pelo socialismo, assim como também o fazem os anarquistas, os anarco-sindicalistas, os sociais-democratas e até mesmo os próprios socialistas. A leitura de jornais vai nos informar que os governos Cubano, Chines, Vietnamita, Alemão, Austríaco, Ingles, Francês, Sueco entre outros, proclamam-se socialistas. Caberia então perguntar o que é que vem a ser este conceito, tão vasto, que consegue englobar coisas tão dispares. A História das Idéias Socialistas possui alguns cortes de importância. O primeiro deles é entre os socialistas Utópicos e os socialistas Científicos, marcado pela introdução das idéias de Marx e Engels no universo das propostas de construção da nova sociedade. O avanço das idéias marxistas consegue dar maior homogenidade ao movimento socialista internacional. Pela primeira vez, trabalhadores de países diferentes, quando pensavam em socialismo, estavam pensando numa mesma sociedade - aquela preconizada por Marx - e numa mesma maneira de chegar ao poder. As idéias de Karl Marx e Friedrich Engels As teses apresentadas por Marx e Engels levaram a uma total modificação do caminho que vinha sendo percorrido pelas idéias socialistas e constituíram a base do socialismo moderno. Apesar de obras anteriores, é o Manifesto do Partido Comunista que inova definitivamente o ideário socialista. A partir de sua publicação em 1848, tanto Marx quanto Engels aprofundaram e detalharam, em suas demais obras, suas concepções sobre a nova sociedade e sobre a História da humanidade. Antes de qualquer coisa, devemos fugir à idéia de que anteriormente a Marx existissem apenas trevas. O que há de genial no trabalho de Marx é sua aguçada visão da História e dos movimentos sociais e a utilização de instrumentos de análise que ele próprio criou. Marx se serve de três principais correntes do pensamento que se vinham desenvolvendo, na Europa, no século passado, coloca-as em relação umas com as outras e as completa em suas obras. Sem a inspiração nestas três correntes, admite o próprio Marx, a elaboração de suas idéias teria sido impossível. São elas: a dialética, a economia política inglesa e o socialismo. Para Marx o movimento dialético não possui por base algo espiritual mas sim algo material. O materialismo dialético é o conceito central da filosofia marxista, mas Marx não se contentou em introduzir esta importante modificação apenas no terreno da filosofia. Ele adentrou no terreno da História e ali desenvolveu uma teoria científica: O materialismo histórico. O materialismo histórico, a concepção materialista da história desenvolvida por Marx e Engels, é uma ruptura à História como vinha sendo estudada até então. A história idealista que dominava até então. A história idealista que dominava até aquela época chamava-se de História da Humanidade ou História da Civilização a algo que não passava de mera seqüência oredenada de fatos histórico relativos às religiões, impérios, reinados, imperadores, reis e etc. Para Marx as coisas não funcionavam desta maneira. Em primeiro lugar, como materialista, interessava-lhe descobrir a base material daquelas sociedades, religiões, impérios e etc. A ele importava saber qual era a base econômica que sustentava estas sociedades: quem produzia, como produzia, com que produzia, para quem produzia e assim por diante. Foi visando isto que ele se lançou ao estudo da Economia Política, tomando como ponto de partida a escola inglesa cujos expoentes máximos eram Adam Smith e David Ricardo. Em segundo lugar uma vez que a base filosófica de todo o pensamento marxista (e, portanto, também de sua visão de história) era o materialismo dialético, Marx queria mostrar o movimento da história das civilizações enquanto movimento dialético. A teoria da História de Marx e Engels foi elaborada a partir de uma questão bastante simples. Examinando o desenvolvimento histórico da Humanidade, pode-se facilmente notar que a filosofia, a religião, a moral, o direito, a indústria, o coméricio etc., bem como as instituições onde estes valores são representados, não são sempre entendidos pelos homens da mesma maneira. Este fato é evidente: A religião na gécia não é vista da mesma maneira que a religião em nossos dias, assim como a moral existente durante o Império Romano não é a mesma moral existente durante a idade média.
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Etiqueta da Brochada
Existem dois tipos de homem: os que brocham e os que mentem que não brocham.
A brochada é o momento mais delicado das relações sociais humanas, bem distante do segundo lugar - cagar na casa do chefe/namorada/noiva, entupir a privada e transbordar o vaso.
Entupir a privada é fortuito mas a brochada é sempre pessoal. Não há como fugir. O homem se sente falho, frustrado e emasculado. A mulher se sente falha, frustrada e mal-amada.
Não adianta ficar tentando revivar o falecido. Só piora as coisas e aumenta a sensação de fracasso. Vamos combinar que pau é um bicho caprichoso e pronto. Quando ele não quer, não quer.
Não adianta conversar. Tudo o que pode ser dito soa mentiroso, lugar-comum, patético. As mentiras de praxe são ridículas; as verdades, piores ainda. Isso nunca me aconteceu antes, diz o homem. E daí?, responderia a mulher, o que importa é que aconteceu agora e comigo! Nada que se fale vai melhorar alguma coisa e ainda pode piorar.
Vamos combinar que ambos estão ali porque têm tesão um pelo outro. Poderiam estar em outros lugares, fazendo outras coisas. Ninguém está amarrado na cama - hmm, pode ser que estejam, mas enfim. O tesão existe, senão não estariam ali. O pau subir ou não é fortuito.
Via de regra (aliás, via de regra é buceta), as brochadas são piores para os casais que têm menos criatividade. Se só o que sabem fazer é papai-mamãe, então, fudeu.
Imaginem um casal que aluga três filmes. Se um dos DVDs der problema, mesmo que seja o que mais queriam ver, eles desistem logo e vão assistir um dos outros dois. Mas se o casal só alugou um filme, se só querem ver aquele, então vão ficar tentando de tudo quanto for jeito e, quando não conseguirem, vão ficar cansados e frustrados, olhando um pra cara do outro, sem ter o que fazer.
Pessoalmente, se o filme principal der chabu, eu prefiro passar direto pra outras atrações, sem estresse, sem perda de tempo. Sussuro no ouvido dela que meu pau decidiu não participar da brincadeira de hoje e já começo logo alguma outra atividade antes que ela dê pela falta do meu bigolim.
Um homem que brochou é como um pai divorciado comprando o filho com presentes. Não é a mesma coisa que ter um pai sempre presente, mas tem suas vantagens. Já tive uma amiga que disse que eu deveria brochar mais vezes, porque o esforço que faço pra compensar vale a pena a falta do pau. E, se o problema for recorrente, existem pílulas azuis que não são apenas para ficarmos confortáveis no mundo da Matrix.
Como dizia aquele ancião que casou com a menininha: enquanto eu tiver língua e dedo, mulher nenhuma me mete medo.
A brochada é o momento mais delicado das relações sociais humanas, bem distante do segundo lugar - cagar na casa do chefe/namorada/noiva, entupir a privada e transbordar o vaso.
Entupir a privada é fortuito mas a brochada é sempre pessoal. Não há como fugir. O homem se sente falho, frustrado e emasculado. A mulher se sente falha, frustrada e mal-amada.
Não adianta ficar tentando revivar o falecido. Só piora as coisas e aumenta a sensação de fracasso. Vamos combinar que pau é um bicho caprichoso e pronto. Quando ele não quer, não quer.
Não adianta conversar. Tudo o que pode ser dito soa mentiroso, lugar-comum, patético. As mentiras de praxe são ridículas; as verdades, piores ainda. Isso nunca me aconteceu antes, diz o homem. E daí?, responderia a mulher, o que importa é que aconteceu agora e comigo! Nada que se fale vai melhorar alguma coisa e ainda pode piorar.
Vamos combinar que ambos estão ali porque têm tesão um pelo outro. Poderiam estar em outros lugares, fazendo outras coisas. Ninguém está amarrado na cama - hmm, pode ser que estejam, mas enfim. O tesão existe, senão não estariam ali. O pau subir ou não é fortuito.
Via de regra (aliás, via de regra é buceta), as brochadas são piores para os casais que têm menos criatividade. Se só o que sabem fazer é papai-mamãe, então, fudeu.
Imaginem um casal que aluga três filmes. Se um dos DVDs der problema, mesmo que seja o que mais queriam ver, eles desistem logo e vão assistir um dos outros dois. Mas se o casal só alugou um filme, se só querem ver aquele, então vão ficar tentando de tudo quanto for jeito e, quando não conseguirem, vão ficar cansados e frustrados, olhando um pra cara do outro, sem ter o que fazer.
Pessoalmente, se o filme principal der chabu, eu prefiro passar direto pra outras atrações, sem estresse, sem perda de tempo. Sussuro no ouvido dela que meu pau decidiu não participar da brincadeira de hoje e já começo logo alguma outra atividade antes que ela dê pela falta do meu bigolim.
Um homem que brochou é como um pai divorciado comprando o filho com presentes. Não é a mesma coisa que ter um pai sempre presente, mas tem suas vantagens. Já tive uma amiga que disse que eu deveria brochar mais vezes, porque o esforço que faço pra compensar vale a pena a falta do pau. E, se o problema for recorrente, existem pílulas azuis que não são apenas para ficarmos confortáveis no mundo da Matrix.
Como dizia aquele ancião que casou com a menininha: enquanto eu tiver língua e dedo, mulher nenhuma me mete medo.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
REFLEXÕES SOBRE A VAIDADE HUMANA....GIKOVATE.
Eu não pretendia escrever sobre este aspecto essencial do instinto sexual neste momento, mas alguns comentários a respeito do meu último texto (Alguns modos de ser das mulheres) me fizeram pensar sobre como a maior parte das pessoas continua a se deixar escravizar por este curioso ingrediente exibicionista. Exercemos o exibicionismo por todas as formas, desde a mais inofensiva, que é o de caráter físico, até a mais perigosa, que corresponde ao exibicionismo intelectual. O exibicionismo intelectual é o mais grave, porque nossa razão deveria estar a serviço de nos ajudar a ver a realidade como ela é e também a nos posicionar de forma adequada diante dos fatos.
Nossa vaidade nos leva a desenvolver certa aversão com relação aos acontecimentos, especialmente aqueles que não combinam com os que gostaríamos que fossem efetivamente. Passamos a brigar contra a realidade e a substituí-la por nossas idéias. Num determinado momento, passamos a acreditar que nossas idéias correspondem aos fatos.
Não importa muito como achamos que o mundo e as pessoas deveriam ser. Temos que nos ater ao que é. Não importa acharmos que o amor é que deve nortear as relações entre as pessoas e que a sexualidade deveria estar acoplada ao encontro de parceiros compatíveis e legais. Isso é o que alguns pretendem, mas não é o que todos querem e nem mesmo o que se observa na prática da vida.
O fato real é que muitas pessoas usam a palavra amor para encobrir seus interesses pessoais. A começar pelos mais egoístas, aqueles que não amam e que querem mesmo é serem amados (é sempre bom lembrar que eles correspondem a 50% ou mais da população). Não dizem que não amam; dizem que “amam ao seu modo”. Se for verdade que existem modos diferentes de amar, pode ser que tenham razão. Muitas vezes, quando são abandonados, dizem que estão sofrendo muito, que estão muito arrependidos, que estão sentindo muita falta e que nunca pensavam que fossem tão ligados sentimentalmente. Será isso verdade? Ou estão se colocando desta forma com o intuito de fazer forte chantagem sentimental? Estão sentindo falta do parceiro ou estão inconformados de terem “perdido a boquinha” (como ouvi certa vez de um paciente)?
E as moças que só têm relações sexuais em um contexto de compromisso sólido, são elas as mais amorosas? São as mais honestas ou são as que verdadeiramente sabem usar sua sensualidade para “prender” o homem? Não será verdade que a mulher mais honesta é aquela que não joga com seu poder sensual? Sendo assim, aquela que tem no sexo uma prática lúdica, que entende o sexo como uma simples troca de “cosquinhas” similar ao que acontece com as crianças e que tem relações com inúmeros amigos e mesmo parceiros ocasionais sem nenhuma pretensão de prender o homem por esta via, não será ela a mais honesta e pura? É pura a que se mantém virgem até o casamento ou a que não se incomoda de ter relações sexuais sem visar outro objetivo que não o dar e receber o prazer físico imediato?
Muitas questões e muito poucas respostas, a menos que se pretenda dar respostas prontas, aquelas que correspondem ao “politicamente correto” de hoje ou do passado. Os fatos são mais complicados do que as idéias. A palavra amor encobre muitas armadilhas e a mulher sexualmente livre pode ser a mais desprendida e a que joga menos. Mas nem sempre... A vida real é mais complexa do que isso e não pode ser decodificada de forma simples.
Da mesma forma, os homens: todos invejam o paquerador, aquele que consegue conquistar as mulheres com facilidade graças à boa aparência, ao carro de luxo ou à boa capacidade de iludir e contar mentiras românticas apenas com o intuito de levar para a cama uma moça menos esperta do que ele. É uma pena que seja assim, porque invejam o que há de pior, o homem que verdadeiramente se aproxima do mamífero incivilizado e que busca a intimidade com a fêmea a qualquer custo. Acontece que, depois que ejaculam, passam a ter o problema terrível de ver como é que farão para se livrarem daquela mulher que só interessava para aquele fim erótico e cuja conversa é, para eles, profundamente tediosa. Não vale a pena.
Os conquistadores assim bem sucedidos se exibem para os homens mais tímidos e recatados. Exercem sua vaidade se mostrando felizes e bem sucedidos. Levam uma vida chata e repetitiva, sempre vivenciando a primeira relação com uma mulher diferente; a verdade é que a primeira relação entre um homem e uma mulher é, como regra, a pior! Estão ambos um pouco inibidos (quando não bêbados) e exaustos. Aqueles que têm uma parceira fixa e que sempre têm relações com ela morrem de inveja dos que se exibem como garanhões e que só estão levando o que há de pior nas relações sexuais. Tudo vaidade...
A vaidade cega subtrai o bom senso, nos afasta da realidade e do que é possível para nós. A vaidade nos afasta da reflexão útil e nos leva a querer ganhar discussões. Não é este o meu objetivo, como de resto nunca foi este o meu modo de me posicionar perante os problemas da psicologia. Acho que nós deveríamos nos voltar para os fatos e tentar interpretá-los de todas as formas possíveis. Mas os fatos e não aquilo que gostaríamos que eles fossem.
Flávio Gikovate é médico psicoterapeuta,
pioneiro da terapia sexual no Brasil.
Nossa vaidade nos leva a desenvolver certa aversão com relação aos acontecimentos, especialmente aqueles que não combinam com os que gostaríamos que fossem efetivamente. Passamos a brigar contra a realidade e a substituí-la por nossas idéias. Num determinado momento, passamos a acreditar que nossas idéias correspondem aos fatos.
Não importa muito como achamos que o mundo e as pessoas deveriam ser. Temos que nos ater ao que é. Não importa acharmos que o amor é que deve nortear as relações entre as pessoas e que a sexualidade deveria estar acoplada ao encontro de parceiros compatíveis e legais. Isso é o que alguns pretendem, mas não é o que todos querem e nem mesmo o que se observa na prática da vida.
O fato real é que muitas pessoas usam a palavra amor para encobrir seus interesses pessoais. A começar pelos mais egoístas, aqueles que não amam e que querem mesmo é serem amados (é sempre bom lembrar que eles correspondem a 50% ou mais da população). Não dizem que não amam; dizem que “amam ao seu modo”. Se for verdade que existem modos diferentes de amar, pode ser que tenham razão. Muitas vezes, quando são abandonados, dizem que estão sofrendo muito, que estão muito arrependidos, que estão sentindo muita falta e que nunca pensavam que fossem tão ligados sentimentalmente. Será isso verdade? Ou estão se colocando desta forma com o intuito de fazer forte chantagem sentimental? Estão sentindo falta do parceiro ou estão inconformados de terem “perdido a boquinha” (como ouvi certa vez de um paciente)?
E as moças que só têm relações sexuais em um contexto de compromisso sólido, são elas as mais amorosas? São as mais honestas ou são as que verdadeiramente sabem usar sua sensualidade para “prender” o homem? Não será verdade que a mulher mais honesta é aquela que não joga com seu poder sensual? Sendo assim, aquela que tem no sexo uma prática lúdica, que entende o sexo como uma simples troca de “cosquinhas” similar ao que acontece com as crianças e que tem relações com inúmeros amigos e mesmo parceiros ocasionais sem nenhuma pretensão de prender o homem por esta via, não será ela a mais honesta e pura? É pura a que se mantém virgem até o casamento ou a que não se incomoda de ter relações sexuais sem visar outro objetivo que não o dar e receber o prazer físico imediato?
Muitas questões e muito poucas respostas, a menos que se pretenda dar respostas prontas, aquelas que correspondem ao “politicamente correto” de hoje ou do passado. Os fatos são mais complicados do que as idéias. A palavra amor encobre muitas armadilhas e a mulher sexualmente livre pode ser a mais desprendida e a que joga menos. Mas nem sempre... A vida real é mais complexa do que isso e não pode ser decodificada de forma simples.
Da mesma forma, os homens: todos invejam o paquerador, aquele que consegue conquistar as mulheres com facilidade graças à boa aparência, ao carro de luxo ou à boa capacidade de iludir e contar mentiras românticas apenas com o intuito de levar para a cama uma moça menos esperta do que ele. É uma pena que seja assim, porque invejam o que há de pior, o homem que verdadeiramente se aproxima do mamífero incivilizado e que busca a intimidade com a fêmea a qualquer custo. Acontece que, depois que ejaculam, passam a ter o problema terrível de ver como é que farão para se livrarem daquela mulher que só interessava para aquele fim erótico e cuja conversa é, para eles, profundamente tediosa. Não vale a pena.
Os conquistadores assim bem sucedidos se exibem para os homens mais tímidos e recatados. Exercem sua vaidade se mostrando felizes e bem sucedidos. Levam uma vida chata e repetitiva, sempre vivenciando a primeira relação com uma mulher diferente; a verdade é que a primeira relação entre um homem e uma mulher é, como regra, a pior! Estão ambos um pouco inibidos (quando não bêbados) e exaustos. Aqueles que têm uma parceira fixa e que sempre têm relações com ela morrem de inveja dos que se exibem como garanhões e que só estão levando o que há de pior nas relações sexuais. Tudo vaidade...
A vaidade cega subtrai o bom senso, nos afasta da realidade e do que é possível para nós. A vaidade nos afasta da reflexão útil e nos leva a querer ganhar discussões. Não é este o meu objetivo, como de resto nunca foi este o meu modo de me posicionar perante os problemas da psicologia. Acho que nós deveríamos nos voltar para os fatos e tentar interpretá-los de todas as formas possíveis. Mas os fatos e não aquilo que gostaríamos que eles fossem.
Flávio Gikovate é médico psicoterapeuta,
pioneiro da terapia sexual no Brasil.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Isto é para as mulheres de 30 anos para cima… E para todas aquelas que estão entrando nos 30, e para todas aquelas que estão com medo de entrar nos 30
“À medida que envelheço e convivo com outras, valorizo mais as mulheres que estão acima dos 30. Estas são algumas razões do porquê:
Uma mulher de 30 nunca o acordará no meio da noite para perguntar:
“O que você está pensando?”
Ela não se importa com o que você pensa, mas se dispõe de coração se você tiver a intenção de conversar..
Se uma mulher de 30 não quer assistir ao jogo, ela não fica à sua volta resmungando. Ela faz alguma coisa que queira fazer. E geralmente é alguma coisa bem mais interessante.
Uma mulher de 30 se conhece o suficiente para saber quem é, o que quer e quem quer.
Poucas mulheres de 30 se incomodam com o que você pensa dela ou sobre o que ela está fazendo.
Mulheres dos 30 raramente brigam aos gritos com você durante a ópera ou no meio de um restaurante caro.
É claro que se você merecer, elas não hesitarão em atirar em você, mas só se ainda elas acharem que poderão sair impunes.
Uma mulher de 30 tem total confiança em si para apresentar-te para suas melhores amigas. Uma mulher mais nova com um homem tende a ignorar mesmo sua melhor amiga porque ela não confia no cara com outra mulher.
E falo por experiência própria. Não se fica com quem não se confia, vivendo e aprendendo né???
Mulheres se tornam psicanalistas quando envelhecem. Você nunca precisa confessar seus pecados para uma mulher com mais de 30. Elas sempre sabem.
Uma mulher com mais de 30 fica linda usando batom vermelho. O mesmo não ocorre com mulheres mais jovens.
Mulheres mais velhas são directas e honestas. Elas te dirão na cara se você for um idiota ou se você estiver agindo como!
Você nunca precisa se preocupar onde você se encaixa na vida dela.. Basta agir como homem, e o resto deixe que ela faça.
Sim, nós admiramos as mulheres com mais de 30 por um “sem” número de razões. Infelizmente, isso não é uníssono.
Para cada mulher de mais de 30, estonteante, inteligente, bem apanhada e sexy, existe um careca, velho, pançudo em calças amarelas bancando o bobo para uma garçonete de 22.
Senhoras, eu peço desculpas:
Para todos os homens que dizem, “porque comprar a vaca se você pode beber o leite de graça?”, aqui está a novidade para vocês – Hoje em dia 80% das mulheres são contra o casamento, sabe porquê? Porque as mulheres perceberam que não vale a pena comprar um porco inteiro só para ter uma linguiça.
Interprete à sua maneira a diferença entre o marido e o outro!
Foi provado, após acompanhamento de vários casos, que toda a mulher precisa de dois homens.
- Um, em casa…!!!
- Outro, fora de casa…!!!
Para entender é muito simples:
- O marido cuida da parte financeira, dos filhos, da esposa, da casa e paga as contas.
- O outro cuida de ti.
- O marido fala dos problemas, das contas a pagar, das dificuldades do dia.
- O outro fala da saudade que sentiu de ti durante a tua ausência.
- O marido compra uma roupa nova para ir a um compromisso de trabalho.
- O outro tira essa mesma roupa só para ti.
- Um, em casa…!!!
- Outro, fora de casa…!!!
Para entender é muito simples:
- O marido cuida da parte financeira, dos filhos, da esposa, da casa e paga as contas.
- O outro cuida de ti.
- O marido fala dos problemas, das contas a pagar, das dificuldades do dia.
- O outro fala da saudade que sentiu de ti durante a tua ausência.
- O marido compra uma roupa nova para ir a um compromisso de trabalho.
- O outro tira essa mesma roupa só para ti.
A manteiga erótica
Três homens bebendo num bar começam a falar sobre o que fizeram na noite anterior com suas mulheres.
O italiano diz:
“A noite eu fiz massagem na minha esposa em todo o corpo com um azeite de oliva finíssimo, logo fizemos amor apaixonadamente e ela gritou por 5 minutos sem parar.”
O Francês, para não ficar atrás , diz:
“A noite eu fiz massagem na minha mulher em todo o corpo com um azeite afrodisíaco especial e logo fizemos amor , e ela gritou durante 15 minutos seguidos.”
O Português então diz:
“Isso não é nada, a noite eu fiz massagem na minha esposa com uma manteiga especial, acariciei todo o corpo com a manteiga, depois fizemos o amor e a minha mulher gritou durante 2 horas seguidas.”
O italiano e o francês , assombrados, perguntam:
“Duas horas !!!! Que fenómeno, como é que você conseguiu com que ela gritasse por tanto tempo?? “
“ Limpei as mãos na cortina !!!!”, respondeu o Português”
O italiano diz:
“A noite eu fiz massagem na minha esposa em todo o corpo com um azeite de oliva finíssimo, logo fizemos amor apaixonadamente e ela gritou por 5 minutos sem parar.”
O Francês, para não ficar atrás , diz:
“A noite eu fiz massagem na minha mulher em todo o corpo com um azeite afrodisíaco especial e logo fizemos amor , e ela gritou durante 15 minutos seguidos.”
O Português então diz:
“Isso não é nada, a noite eu fiz massagem na minha esposa com uma manteiga especial, acariciei todo o corpo com a manteiga, depois fizemos o amor e a minha mulher gritou durante 2 horas seguidas.”
O italiano e o francês , assombrados, perguntam:
“Duas horas !!!! Que fenómeno, como é que você conseguiu com que ela gritasse por tanto tempo?? “
“ Limpei as mãos na cortina !!!!”, respondeu o Português”
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
frase para hoje ( 17/11/2010 )
"Um sorriso significa muito. Enriquece quem o recebe, sem empobrecer quem o oferece; dura apenas um segundo, mas a sua recordação, por vezes, nunca se apaga."
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Exame de prostata
O gaúcho completa 40 anos, e resolve fazer o exame de prostata.
O gaúcho liga para a cliníca e marca o exame para uma sexta-feira.
Chegando o grande dia, o gaúcho se arruma todo e vai para o consultório.
Espera 15 minutos e é chamado. Antes de começar o exame, o médico pede para que ele tire toda sua roupa.
Então médico enfia um dedo no cu do gaúcho e pergunta sente alguma coisa.
O gaúcho responde bravo:
- Não sinto nada tchê!
Enfia dois dedo e pergunta:
- Sente alguma coisa???
O gaúcho:
- Não sinto nada tchê!!!
O médico enfia três dedos e pergunta mais uma vez:
- Você senta alguma coisa agora???
O gaúcho com a voz delicada responde:
- Estou te amando meu amorrrrr.
O gaúcho liga para a cliníca e marca o exame para uma sexta-feira.
Chegando o grande dia, o gaúcho se arruma todo e vai para o consultório.
Espera 15 minutos e é chamado. Antes de começar o exame, o médico pede para que ele tire toda sua roupa.
Então médico enfia um dedo no cu do gaúcho e pergunta sente alguma coisa.
O gaúcho responde bravo:
- Não sinto nada tchê!
Enfia dois dedo e pergunta:
- Sente alguma coisa???
O gaúcho:
- Não sinto nada tchê!!!
O médico enfia três dedos e pergunta mais uma vez:
- Você senta alguma coisa agora???
O gaúcho com a voz delicada responde:
- Estou te amando meu amorrrrr.
Atencioso
Um ladrão mascarado invade uma livraria e, apontando um revólver, diz para o balconista:
- O dinheiro ou a vida!
- De que autor meu senhor?
- O dinheiro ou a vida!
- De que autor meu senhor?
Perguntas e respostas
Porque é que as mulheres fingem orgasmos?
Resposta: Porque pensam que os homens se importam com isso.
Sabe qual a diferença da mulher e a pizza?
Resposta: A pizza só dá pra quatro.
Qual é a semelhança entre uma mulher e um computador?
Resposta: É que os dois têm memória, mas inteligência não.
Por que as mulheres não usam sombrinha?
Resposta: Porque na cozinha não chove.
Por que as mulheres têm os pés menores do que os dos homens?
Resposta: Para ficar mais perto do lava-louças.
O que aconteceria se 2 neurônios se encontrassem na cabeça de uma mulher?
Resposta: Não se sabe, porque isso nunca ocorreu
Resposta: Porque pensam que os homens se importam com isso.
Sabe qual a diferença da mulher e a pizza?
Resposta: A pizza só dá pra quatro.
Qual é a semelhança entre uma mulher e um computador?
Resposta: É que os dois têm memória, mas inteligência não.
Por que as mulheres não usam sombrinha?
Resposta: Porque na cozinha não chove.
Por que as mulheres têm os pés menores do que os dos homens?
Resposta: Para ficar mais perto do lava-louças.
O que aconteceria se 2 neurônios se encontrassem na cabeça de uma mulher?
Resposta: Não se sabe, porque isso nunca ocorreu
Contos Curiosos - Pedir coragem aos outros é fácil!
Uma vez um prisioneiro escapou do presídio do Carandiru, depois de 15 anos enclausurado naquela prisão horrenda.
Durante sua fuga, ele encontrou uma casa, arrombou e entrou. Ele deu de cara com um jovem casal paulistano que estava na cama. Então, ele arrancou o cara da cama, o amarrou numa cadeira depois amarrou a mulher na cama. Quando ele estava em cima da esposa, o marido o viu beijar-lhe a nuca e, logo depois, levantar-se e ir ao banheiro.
Enquanto ele estava lá, o marido falou para sua mulher:
- Ouça, esse cara é um prisioneiro, olhe suas roupas! Ele provavelmente passou muito tempo na prisão e há anos não vê uma mulher, por isso te beijou a nuca. Se ele quiser sexo, não resista, não reclame, apenas faça o que ele mandar, dê prazer a ele. Esse cara deve ser perigoso, se ele se zangar, nos mata.
Seja forte, amor, eu te amo!
E a mulher respondeu:
- Estou feliz que você pense assim. Com certeza ele não vê uma mulher há anos, mas ele não estava beijando minha nuca. Ele estava cochichando em meu ouvido.
Ele me falou que te achou muito sexy e perguntou se temos vaselina no banheiro.
Seja forte, amor. Eu também te amo!!!
Moral da história: PEDIR CORAGEM AOS OUTROS, É FÁCIL!!!
Durante sua fuga, ele encontrou uma casa, arrombou e entrou. Ele deu de cara com um jovem casal paulistano que estava na cama. Então, ele arrancou o cara da cama, o amarrou numa cadeira depois amarrou a mulher na cama. Quando ele estava em cima da esposa, o marido o viu beijar-lhe a nuca e, logo depois, levantar-se e ir ao banheiro.
Enquanto ele estava lá, o marido falou para sua mulher:
- Ouça, esse cara é um prisioneiro, olhe suas roupas! Ele provavelmente passou muito tempo na prisão e há anos não vê uma mulher, por isso te beijou a nuca. Se ele quiser sexo, não resista, não reclame, apenas faça o que ele mandar, dê prazer a ele. Esse cara deve ser perigoso, se ele se zangar, nos mata.
Seja forte, amor, eu te amo!
E a mulher respondeu:
- Estou feliz que você pense assim. Com certeza ele não vê uma mulher há anos, mas ele não estava beijando minha nuca. Ele estava cochichando em meu ouvido.
Ele me falou que te achou muito sexy e perguntou se temos vaselina no banheiro.
Seja forte, amor. Eu também te amo!!!
Moral da história: PEDIR CORAGEM AOS OUTROS, É FÁCIL!!!
frase para hoje (08/11/2010)
"É fácil jogar a culpa sobre o tempo, mas é impossível fazê-lo retroceder." ( Adik Magalnik )
sábado, 6 de novembro de 2010
frase para hoje 06/11/10
"Todos gostamos de Belas Palavras, porém poucos de Nós como atos in transformam." (Sun Tzu)
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
domingo, 31 de outubro de 2010
sábado, 30 de outubro de 2010
versos e prosas de cowboy
Plantei um pé de milho naceu pé de maracuja prantei um pé soja naceu um pé limão plantei pé de uma morena naceu um baita de um negão
A MULHER TOCA O PEÃO, O PEÃO TOCA BOIADA, A BOIADA TOCA O RODEIO DESSA GENTE APAIXONADA
Quando Deus criou o mundo deixou tudo combinado...Fez canário pra mato fino e capoeira pra bicho do mato...FEZ PERFUME PRAS MUIÉ BUNITA E CACHAÇA PROS HOMI APAIXONADO!
A folha de bananeira de verde ficou madura,homem que meche com mulher casada não tem a vida segura,cada passo que ele da é pro caminho da seputura.
Se um dia eu ganhasse na sena.Acabava com o meu sofrimento.Trocaria o meu cavalo e também o meu jumento.Compraria uma cadeia e jogava minha sogra dentro.
domingo, 24 de outubro de 2010
sábado, 23 de outubro de 2010
Presente para Iemanjá
Iemanjá vive no rastro que a lua deixa no mar, contam os pescadores. Ela protege a maternidade, a família e os namorados. A deusa das águas, no candomblé e na umbanda, ultrapassou as fronteiras religiosas e conquistou o coração de brasileiros de todos os credos, que oferecem sua devoção atirando ao mar flores, espelhos e bijuterias, especialmente no dia consagrado a ela, 2 de fevereiro no Rio e Bahia e oo dia 8 de dezembro em São Paulo. Também chamada de Oloxum, Inayê ou Janaína, nos diferentes dialetos africanos, Iemanjá representa a força feminina da geração da vida. Em sua imagem mais popular, tem cabelos negros lisos e compridos, vestido azul, tiara dourada e mãos que derramam pérolas. No Brasil, a deusa mistura influências da cultura européia – a associação com uma sereia – e da indígena – como o mito da Iara, mulher sedutora que vive nos rios. Também é associada à imagem de Maria, segundo cada região brasileira: Nossa Senhora da Glória, no Rio de Janeiro, Nossa Senhora da Conceição, em Salvador, e Nossa Senhora dos Navegantes, nas capitais e cidades ribeirinhas do Nordeste. É que, durante a escravidão, proibidos de cultuar seus deuses, os escravos criaram um mecanismo de correspondência entre os santos católicos e os orixás – entidades que intermediam a comunicação dos seres humanos com Olorum, a fonte da Graça.
“Iemanjá é a mãe de todos os orixás. Como muitos de seus filhos vivem na terra, ela passa seis meses do ano com eles e seis meses no mar”, explica Rui Silva Reis, estudioso da religião africana, do Rio de Janeiro. O dia 2 de fevereiro – data de festejos da deusa, principalmente em Salvador, na praia do Rio Vermelho – assinala sua chegada ao mar, de onde sairá novamente para a terra em 15 de agosto. A Mãe generosa
Iemanjá é evocada por seus fiéis quando é preciso reunir todas as forças para superar um grande sofrimento. “Ela também representa a energia feminina agressiva, não no sentido destrutivo, mas como uma mãe reage ao defender o filho”, explica Andréa Braga, historiadora e estudiosa das mitologias e religiões, do Rio de Janeiro. Como matriarca, Iemanjá gosta de ver as famílias unidas. “Ela abençoa os namorados, para que saiam bons casamentos, e aprecia os almoços de domingo, quando todos se reúnem em volta da mesa”, diz Rui Silva Reis. A orixá favorece a criatividade, protege os trabalhadores e traz vitórias e conquistas para quem obtém seus ganhos de forma honesta. “Ela odeia a traição”, afirma o estudioso. No campo da sexualidade, a deusa estimula o sexo prazeroso, com períodos de entusiasmo e de recolhimento, assim como as marés. Sua cor é o azul, e seu metal, a prata. Assim como as águas refletem imagens, Iemanjá é associada ao espelho, “no qual devemos nos olhar para refletir sobre o dia-a-dia”, ensina Rui Silva Reis. Daí vem a fama de vaidosa – seus devotos jogam ao mar espelhos, bijuterias e até jóias como oferenda nos dias 31 de dezembro e 2 de fevereiro.
Para agradá-la, porém, bastam rosas brancas num vaso ou uma cesta com frutas sobre a mesa, dispostas com a intenção de pedir a saúde e a felicidade dos habitantes da casa. Ou ainda uma vela azul ou branca, acesa em um local especial. Sábado é o dia da semana consagrado a Iemanjá. Quem quiser homenageá-la pode vestir roupa branca ou azul-clara e usar jóias feitas de prata, coral ou pérolas. Para fazer um pedido, vá para a beira do mar à noite, fixe o olhar numa estrela e peça a intercessão da orixá. Vale também ofertar rosas, atirando-as na água quando a onda estiver se afastando da praia.
vento ( por carlos )
não estou vendo o vento
estou sentindo o vento
estou refrescando no vento
estou tirando a poeira da alma com este vento
minha brasa aumenta com este vento
resplande o fogo da vida
deste fogo o vento espalha a fumaça
levando nela minha atitude no viver
o vento esta aqui e a colar
minha vida também a de estar
c.a.t
estou sentindo o vento
estou refrescando no vento
estou tirando a poeira da alma com este vento
minha brasa aumenta com este vento
resplande o fogo da vida
deste fogo o vento espalha a fumaça
levando nela minha atitude no viver
o vento esta aqui e a colar
minha vida também a de estar
c.a.t
tudo indica ( por carlos)
tudo indica que vai chover
tudo indica que vou me molhar
tudo indica que vou gripar
tudo indica que depois da chuva o sol vira
tudo indica que vou me bronzear
tudo indica que um dia vou mais uma vez chorar e sorrir
e em mim uma forte certeza que te amo
c.a.t
tudo indica que vou me molhar
tudo indica que vou gripar
tudo indica que depois da chuva o sol vira
tudo indica que vou me bronzear
tudo indica que um dia vou mais uma vez chorar e sorrir
e em mim uma forte certeza que te amo
c.a.t
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
terça-feira, 12 de outubro de 2010
noel rosa
Amor de Parceira
Noel Rosa
Composição: Noel Rosa
Saiba primeiro
Que fulana é minha amiga
E comigo ela nao briga,
Com ciume de você
Você provoca briga entre rivais
Para depois ver nos jornais,
Seu nome e seu clichê
Há muito tempo minha amiga me avisava
Que ela sempre conversava
Com você no seu jardim,
E começou nossa parceria
Eu fui por ela
E ela foi por mim
Você pensou que fomos enganadas
Marcando encontro em horas alteradas
E nós fizemos a sua vontade
Dentro de aquela
"Escrita" eu e ela
Nao tivemos prejuizo na sociedade!
Quando você se atrasava uma hora
E fingia nao saber a razao dessa demora
E muita vez você perdeu a fala
Quando tava sem tostao e eu pedia bala!
Nós aturamos os seus modos irritantes
Mas filamos bons jantares
Nos melhores restaurantes
Você nao sai de nosso pensamento
Você foi negócio,
E foi divertimento.
Belo Horizonte
Noel Rosa
Composição: Noel Rosa (1935)
[Paródia para I'm Looking over a Four Leaf Clover, de Mort Dixon e Harry Woods]
1
Belo Horizonte
Deixa que eu conte
O que há de melhor pra mim
Não é o bordão deste meu violão
Nem é a prima que eu firo assim
Não é a cachaça
Nem a fumaça
Que no meu cigarro vi
Belo Horizonte
Deixa que eu conte
Bem mesmo é estar aqui...
2
Belo Horizonte
Atrás do monte
Rosinha deu pro Leitão
Arrependida se pôs a chorar
Jurando que nunca mais ia dar
Porém, no outro dia,
Leitão comia
Na cama outro jantar
E a Rosinha,
Tão pobrezinha,
De inveja quis se matar...
Com que Roupa ?
Noel Rosa
Composição: Noel Rosa
Agora vou mudar minha conduta
Eu vou pra luta, pois eu quero me aprumar
Vou tratar você com força bruta
Pra poder me reabilitar
Pois esta vida não está sopa
Eu pergunto com que roupa
Com que roupa . . .eu vou?
Pro samba que você me convidou
Com que roupa . . .eu vou
Com que roupa que eu vou
Pro samba que você me convidou
Seu português, agora, deu o fora
Já foi-se embora e levou seu capital
Esqueceu quem tanto amou outrora
Foi no Adamastor pra Portugal
Pra se casar com a cachopa
Eu hoje estou pulando como sapo
Pra ver se escapo
Desta praga de urubú
Já estou coberto de farrapos
Eu vou acabar ficando nú
Meu paletó virou estopa
Eu nem sei mais com que roupa
Com que roupa que eu vou . . .
Quantos Beijos
Noel Rosa
Não andava com dinheiro todo dia
Para sempre dar o que você queria
Mas quando eu satisfazia os teus desejos
Quantas juras... quantos beijos...
Quantos beijos
Quando eu saía
Meu deus, quanta hipocrisia!
Meu amor fiel você traía
Só eu é quem não sabia
Ai ai meu deus mas quantos beijos...
Não esqueço aquelas frases sem sentido
Que você dizia sempre ao meu ouvido
Você porém mentia em todos os ensejos
Quantos juras... quantos beijos...
nossa senhora aparecida
Oração a Nossa Senhora Aparecida -
Ó incomparável Senhora da Conceição Aparecida,
Mãe de Deus, Rainha dos Anjos,
Advogada dos pecadores,
refúgio e consolação dos aflitos e atribulados,
Virgem Santíssima,
cheia de poder e de bondade,
lançai sobre nós um olhar favorável,
para que sejamos socorridos por vós,
em todas as necessidades em que nos acharmos.
Lembrai-vos, ó clementíssima Mãe Aparecida,
que nunca se ouviu dizer
que algum daqueles que têm a vós recorrido,
invocado vosso santíssimo nome
e implorado a vossa singular protecção,
fosse por vós abandonado.
Animados com esta confiança,
a vós recorremos.
Tomamo-vos para sempre por nossa Mãe,
nossa protectora, consolação e guia,
esperança e luz na hora da morte.
Livrai-nos de tudo o que possa ofender-vos
e ao vosso Santíssimo Filho, Jesus.
Preservai-nos de todos os perigos
da alma e do corpo;
dirigi-nos em todos os assuntos espirituais e temporais.
Livrai-nos da tentação do demónio,
para que, trilhando o caminho da virtude,
possamos um dia ver-vos e amar-vos
na eterna glória, por todos os séculos dos séculos. Amen.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
sábado, 25 de setembro de 2010
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