quarta-feira, 18 de agosto de 2010
COMPORTAMENTO EM RESTAURANTES...um texto de tais luso de carvalho
Hoje, poucas são as mulheres que querem cozinhar: em cada bairro existem dezenas de restaurantes, para todos os bolsos e para todos os gostos. E comida muito variada.
Estamos na era dos restaurantes a quilo: grandes mesas com frutas, verduras, grelhados, feijão, farofinha, bolinhos e pratos típicos internacionais. Que maravilha.
O curioso de observar nestes restaurantes é a clientela: que coisa mais esdrúxula! Vejo pessoas com pratos que mais parecem umas bacias; eu não consigo disfarçar; é uma mistureba, nada senta com nada. A impressão que dá é uma travessia do deserto Saara. Cutuco meu marido: olha... olha aliiiii que medonho!!!
Mas hoje foi o máximo: o troglodita da mesa ao lado, estacionou de bacia: dois ovos fritos, massa, dois bifes, bolinho de aipim, cenoura, vagem, cebola, melancia, laranja e rúcula. E pediu água (pra não engordar). E não levou muito para ir pegar um balde de paelha que não coube na primeira rodada... Putz... Eu não conseguia parar de olhar por mais força que fizesse. O Pedro Luso me cutucava e dizia pára de olhar, tá feio!
Num restaurante é onde se vê, um pouco, o grau de civilização das pessoas; é onde se vê quem é quem. É um festival de gula, misturado com carência e falta de educação. A impressão que tenho é que não comem há muito tempo. Ou será a última refeição de suas vidas?
Também vejo gente de regime: tudo que é tipo de verdura num prato que mais parece um condomínio de 3 andares. Por menos crítica que eu queira ser, não dá. Também não vou calar diante de absurdos e, se as circunstâncias me trazem certas coisas, então vamos lá!
Não sou uma pessoa desligada. Sou ligadíssima, e como tal, pouca coisa me escapa. Claro, muitas vezes observo e fico quieta, mas chego em casa e solto a franga! Será defeito ou qualidade? Tanto faz, não dá pra alterar. Está no meu DNA.
Estas coisas acontecem, também, em churrascarias: estou saboreando minha picanha, numa boa, jogando conversa fora, e de repente me aparece a fila de garçons com maminha, alcatra, corações de galinha, salsichão, costela, linguiça, lombinho... Sinto que vou enlouquecer, mastigo a mil! Até hoje não entendo o porquê de tanta pressa em colocar montanhas de carne no nosso prato.
Bem, mas aí a loucura está na churrascaria: é o tal do espeto corrido. Esse tipo de churrascaria é muito comum aqui no Rio Grande do Sul – servem vários tipos de carne ao mesmo tempo. É a churrascaria certa para quem tem uma fome desmedida: é a fome com a vontade de comer. Aí tá no lugar certo. Você não desfila de bacia na mão: a comida vai até você!!
Cruz-credo.
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